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(Defesa do Alexis Welker - 17 de julho de 2009, IB-USP)
domingo, 19 de julho de 2009
quinta-feira, 16 de julho de 2009
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Dietas low carb e diabetes
Um dos trabalhos de BioBex que tirou nota 10
Quais os motivos (bioquímicos) de médicos receitarem a dieta low carb para o controle da diabetes tipo II?
Filipe Diógenis Pereira - 09/0006119
Nathalia Burgardt Costa - 09/0011538
Thaís Mendonça Barbosa - 09/0044509
Wladimir Fernandes Bezerra - 09/0044363
A indicação de dietas de baixo carboidrato para pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2 já vem sendo estudada há algum tempo. A dieta consiste, basicamente, numa menor ingestão de carboidratos, acompanhada do consumo de muitas proteínas, muitas gorduras, ou proteínas e gorduras numa proporção equilibrada.
Os dois primeiros tipos mostram, inicialmente, resultados benéficos ao paciente. Há significativa perda de peso, bem como queda nos níveis de glicose circulante. A primeira ocorre por conta da utilização de tecido adiposo para obtenção de energia, já que há pouco carboidrato para este fim. Essa perda de peso é muito boa para os diabéticos, visto que quadros de obesidade contribuem para o desenvolvimento de resistência à insulina, levando ao agravamento da doença. No caso da diminuição da glicemia, a principal vantagem está associada à menor necessidade de insulina e, dessa forma, os receptores do hormônio não ficam tão sobrecarregados, causando o decréscimo da resistência hormonal. Além disso, com a menor ingestão de açúcares, ocorre queda nos níveis plasmáticos de trigliceróis e aumento do HDL, o que resulta na diminuição dos riscos de desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
No entanto, a longo prazo, a dieta pode trazer vários prejuízos ao indivíduo. Junto à utilização da massa gorda para manutenção energética, há utilização de massa magra, ou seja, acontece proteólise muscular estimulada pela baixa quantidade de glicose, o que leva a um constante estado de fadiga pela diminuição da massa muscular. Outro ponto importante diz respeito ao alto consumo de proteínas. Os aminoácidos em excesso provenientes dessa dieta não são armazenados pelo organismo e acabam sendo oxidados. Essa oxidação promove aumento nos níveis de grupo amina, levando à elevação de excreção de ureia e, consequentemente, sobrecarga das funções renais.
Quando se trata do alto consumo de lipídios, percebe-se aumento nos níveis de LDL (mau colesterol), o que pode, com o tempo, desencadear várias doenças cardíacas. Além disso, a oxidação de lipídios para suprir a demanda energética, sem ser acompanhada pela oxidação de carboidratos, aumenta os níveis de corpos cetônicos, podendo levar a uma cetoacidose.
Com tudo isso, verifica-se que a dieta de baixo carboidrato só é eficiente se houver equilíbrio entre a ingestão de lipídios e proteínas, pois sem o consumo excessivo desses compostos é possível promover controle da glicemia, diminuição da resistência à insulina e perda de peso, além de queda nos riscos de futuras complicações cardíacas e sistêmicas sem que haja prejuízos ao organismo. Portanto, antes da adoção da dieta, é preciso levar em consideração todos esses fatores, tomando os cuidados necessários para a construção de uma vida saudável.
Baseado no paper:
Low-carbohydrate and high-fat intake among adult patients with poorly controlled type 2 diabetes mellitus.
Yunsheng Ma et al. (2006) Nutrition 22: 1129–1136
Quais os motivos (bioquímicos) de médicos receitarem a dieta low carb para o controle da diabetes tipo II?
Filipe Diógenis Pereira - 09/0006119
Nathalia Burgardt Costa - 09/0011538
Thaís Mendonça Barbosa - 09/0044509
Wladimir Fernandes Bezerra - 09/0044363
A indicação de dietas de baixo carboidrato para pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2 já vem sendo estudada há algum tempo. A dieta consiste, basicamente, numa menor ingestão de carboidratos, acompanhada do consumo de muitas proteínas, muitas gorduras, ou proteínas e gorduras numa proporção equilibrada.
Os dois primeiros tipos mostram, inicialmente, resultados benéficos ao paciente. Há significativa perda de peso, bem como queda nos níveis de glicose circulante. A primeira ocorre por conta da utilização de tecido adiposo para obtenção de energia, já que há pouco carboidrato para este fim. Essa perda de peso é muito boa para os diabéticos, visto que quadros de obesidade contribuem para o desenvolvimento de resistência à insulina, levando ao agravamento da doença. No caso da diminuição da glicemia, a principal vantagem está associada à menor necessidade de insulina e, dessa forma, os receptores do hormônio não ficam tão sobrecarregados, causando o decréscimo da resistência hormonal. Além disso, com a menor ingestão de açúcares, ocorre queda nos níveis plasmáticos de trigliceróis e aumento do HDL, o que resulta na diminuição dos riscos de desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
No entanto, a longo prazo, a dieta pode trazer vários prejuízos ao indivíduo. Junto à utilização da massa gorda para manutenção energética, há utilização de massa magra, ou seja, acontece proteólise muscular estimulada pela baixa quantidade de glicose, o que leva a um constante estado de fadiga pela diminuição da massa muscular. Outro ponto importante diz respeito ao alto consumo de proteínas. Os aminoácidos em excesso provenientes dessa dieta não são armazenados pelo organismo e acabam sendo oxidados. Essa oxidação promove aumento nos níveis de grupo amina, levando à elevação de excreção de ureia e, consequentemente, sobrecarga das funções renais.
Quando se trata do alto consumo de lipídios, percebe-se aumento nos níveis de LDL (mau colesterol), o que pode, com o tempo, desencadear várias doenças cardíacas. Além disso, a oxidação de lipídios para suprir a demanda energética, sem ser acompanhada pela oxidação de carboidratos, aumenta os níveis de corpos cetônicos, podendo levar a uma cetoacidose.
Com tudo isso, verifica-se que a dieta de baixo carboidrato só é eficiente se houver equilíbrio entre a ingestão de lipídios e proteínas, pois sem o consumo excessivo desses compostos é possível promover controle da glicemia, diminuição da resistência à insulina e perda de peso, além de queda nos riscos de futuras complicações cardíacas e sistêmicas sem que haja prejuízos ao organismo. Portanto, antes da adoção da dieta, é preciso levar em consideração todos esses fatores, tomando os cuidados necessários para a construção de uma vida saudável.
Baseado no paper:
Low-carbohydrate and high-fat intake among adult patients with poorly controlled type 2 diabetes mellitus.
Yunsheng Ma et al. (2006) Nutrition 22: 1129–1136
terça-feira, 7 de julho de 2009
Michael Jackson e os 15 anos do Plano Real
Texto de Elton Luiz Valente
A história de Michael Jackson e uma reflexão sobre a história
É voz corrente, e justa, que apesar de suas esquisitices, Michael Jackson é uma figura praticamente imbatível no universo da cultura pop. Embora muitos não tenham especial predileção por sua obra, devemos reconhecer que ele era talentoso e promoveu grandes mudanças no universo de seu ofício. Suas esquisitices, senão notas de rodapé, serão tratadas como uma espécie de segunda leitura, focando a condição humana do mito. Pois suas realizações são muito maiores do que seus, digamos, “defeitos”, que em verdade causam mais pena do que asco. A história será generosa com ele, merecidamente. Ou seja, o nome de Michael Jackson será associado mais ao seu talento e realizações do que aos seus defeitos e esquisitices.
Nesta mesma linha de raciocínio, podemos abordar o Plano Real e seu “alter ego”. O plano completou quinze anos no dia 01/07/2009. Embora Fernando Henrique Cardoso não tenha sido seu único artífice (pois havia Rubens Ricúpero e Itamar Franco, para citar apenas dois), FHC foi seu principal articulista e garoto propaganda.
Por mais que o “segundo mandato” tenha sido questionável, sob vários aspectos, principalmente por questões democráticas, porque alteraram a Constituição para tanto, e além disso, “segundo mandato” tem se revelado um erro, mais que um fiasco, FHC será lembrado pelo Plano Real e pela estabilização econômica brasileira.
Colocando de outra forma, há uma diferença abissal entre o Brasil de antes e o Brasil de depois do Plano Real. Foi uma enorme contribuição, que nós agradecemos. Mudou o Brasil. Permitiu inclusive que o governo petista, que se seguiu, alardeasse como suas, virtudes que são indiscutivelmente frutos da estabilização econômica, promovida pelo Plano Real, que remete a... FHC.
E assim o é por toda a história humana. Os fatos mais relevantes da história, para o bem e para o mal, serão sempre associados a uma pessoa ou entidade. Os que bem ou mal fizeram, bem ou mal serão lembrados. Os que pouco ou nada fizeram, pouco ou nada serão lembrados.
É assim, inclusive, com os dois últimos e mais importantes regimes que governaram o mundo. Pense no capitalismo com todos os seus defeitos, que não são poucos. Quais são suas contribuições para a humanidade?
Nesta resposta você vai encontrar coisas surpreendentes, da caneta esferográfica às cirurgias a laser, além das liberdades democráticas. Uma infinidade de coisas e conquistas. Tudo concebido no seio do capitalismo. Os contrários a essa leitura dos fatos vão dizer: ah! Mas tem as desigualdades sociais, a fome de uns e os excessos de outros, “a zelites”, “essa gente de olhos azuis que provocou a atual crise econômica”, o imperialismo, e tal. É verdade! Então vamos ao seu “ex adverso”, o marxismo, o comunismo. Fora a retórica ardilosa e embotada dessa gente enfadonha, quais são suas contribuições para a humanidade?... Se alguém souber, eu gostaria de ser informado, pois ainda não encontrei nenhuma.
E assim, nesta linha de raciocínio, uma boa pergunta é: qual a contribuição, “nunca antes”, do governo petista para o Brasil e qual será sua marca na história deste país? Qual é a estampa que o governo petista terá na história brasileira? Eu arrisco uma: a versão tupiniquim de “A Revolução dos Bichos” (Animal Farm) de George Orwell.
A alegoria do governo petista precedeu-o em mais de seis décadas. Porcos, com a ajuda de outros animais, assumem o controle administrativo de uma fazenda. Ufanando-se de virtudes, eles se embriagam com a mesma lama do poder que antes combatiam.
Assim é o mundo e a história. Vida longa ao Plano Real! Vida longa à memória de Michael Jackson!
Um lembrete: é possível reescrever a história, mas não do jeito que muitos comunistas e esquerdopatas gostariam, e já tentaram! Hare Baba!
Elton Luiz Valente
A história de Michael Jackson e uma reflexão sobre a história
É voz corrente, e justa, que apesar de suas esquisitices, Michael Jackson é uma figura praticamente imbatível no universo da cultura pop. Embora muitos não tenham especial predileção por sua obra, devemos reconhecer que ele era talentoso e promoveu grandes mudanças no universo de seu ofício. Suas esquisitices, senão notas de rodapé, serão tratadas como uma espécie de segunda leitura, focando a condição humana do mito. Pois suas realizações são muito maiores do que seus, digamos, “defeitos”, que em verdade causam mais pena do que asco. A história será generosa com ele, merecidamente. Ou seja, o nome de Michael Jackson será associado mais ao seu talento e realizações do que aos seus defeitos e esquisitices.
Nesta mesma linha de raciocínio, podemos abordar o Plano Real e seu “alter ego”. O plano completou quinze anos no dia 01/07/2009. Embora Fernando Henrique Cardoso não tenha sido seu único artífice (pois havia Rubens Ricúpero e Itamar Franco, para citar apenas dois), FHC foi seu principal articulista e garoto propaganda.
Por mais que o “segundo mandato” tenha sido questionável, sob vários aspectos, principalmente por questões democráticas, porque alteraram a Constituição para tanto, e além disso, “segundo mandato” tem se revelado um erro, mais que um fiasco, FHC será lembrado pelo Plano Real e pela estabilização econômica brasileira.
Colocando de outra forma, há uma diferença abissal entre o Brasil de antes e o Brasil de depois do Plano Real. Foi uma enorme contribuição, que nós agradecemos. Mudou o Brasil. Permitiu inclusive que o governo petista, que se seguiu, alardeasse como suas, virtudes que são indiscutivelmente frutos da estabilização econômica, promovida pelo Plano Real, que remete a... FHC.
E assim o é por toda a história humana. Os fatos mais relevantes da história, para o bem e para o mal, serão sempre associados a uma pessoa ou entidade. Os que bem ou mal fizeram, bem ou mal serão lembrados. Os que pouco ou nada fizeram, pouco ou nada serão lembrados.
É assim, inclusive, com os dois últimos e mais importantes regimes que governaram o mundo. Pense no capitalismo com todos os seus defeitos, que não são poucos. Quais são suas contribuições para a humanidade?
Nesta resposta você vai encontrar coisas surpreendentes, da caneta esferográfica às cirurgias a laser, além das liberdades democráticas. Uma infinidade de coisas e conquistas. Tudo concebido no seio do capitalismo. Os contrários a essa leitura dos fatos vão dizer: ah! Mas tem as desigualdades sociais, a fome de uns e os excessos de outros, “a zelites”, “essa gente de olhos azuis que provocou a atual crise econômica”, o imperialismo, e tal. É verdade! Então vamos ao seu “ex adverso”, o marxismo, o comunismo. Fora a retórica ardilosa e embotada dessa gente enfadonha, quais são suas contribuições para a humanidade?... Se alguém souber, eu gostaria de ser informado, pois ainda não encontrei nenhuma.
E assim, nesta linha de raciocínio, uma boa pergunta é: qual a contribuição, “nunca antes”, do governo petista para o Brasil e qual será sua marca na história deste país? Qual é a estampa que o governo petista terá na história brasileira? Eu arrisco uma: a versão tupiniquim de “A Revolução dos Bichos” (Animal Farm) de George Orwell.
A alegoria do governo petista precedeu-o em mais de seis décadas. Porcos, com a ajuda de outros animais, assumem o controle administrativo de uma fazenda. Ufanando-se de virtudes, eles se embriagam com a mesma lama do poder que antes combatiam.
Assim é o mundo e a história. Vida longa ao Plano Real! Vida longa à memória de Michael Jackson!
Um lembrete: é possível reescrever a história, mas não do jeito que muitos comunistas e esquerdopatas gostariam, e já tentaram! Hare Baba!
Elton Luiz Valente
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