Texto de Elton Luiz Valente
A história de Michael Jackson e uma reflexão sobre a história
É voz corrente, e justa, que apesar de suas esquisitices, Michael Jackson é uma figura praticamente imbatível no universo da cultura pop. Embora muitos não tenham especial predileção por sua obra, devemos reconhecer que ele era talentoso e promoveu grandes mudanças no universo de seu ofício. Suas esquisitices, senão notas de rodapé, serão tratadas como uma espécie de segunda leitura, focando a condição humana do mito. Pois suas realizações são muito maiores do que seus, digamos, “defeitos”, que em verdade causam mais pena do que asco. A história será generosa com ele, merecidamente. Ou seja, o nome de Michael Jackson será associado mais ao seu talento e realizações do que aos seus defeitos e esquisitices.
Nesta mesma linha de raciocínio, podemos abordar o Plano Real e seu “alter ego”. O plano completou quinze anos no dia 01/07/2009. Embora Fernando Henrique Cardoso não tenha sido seu único artífice (pois havia Rubens Ricúpero e Itamar Franco, para citar apenas dois), FHC foi seu principal articulista e garoto propaganda.
Por mais que o “segundo mandato” tenha sido questionável, sob vários aspectos, principalmente por questões democráticas, porque alteraram a Constituição para tanto, e além disso, “segundo mandato” tem se revelado um erro, mais que um fiasco, FHC será lembrado pelo Plano Real e pela estabilização econômica brasileira.
Colocando de outra forma, há uma diferença abissal entre o Brasil de antes e o Brasil de depois do Plano Real. Foi uma enorme contribuição, que nós agradecemos. Mudou o Brasil. Permitiu inclusive que o governo petista, que se seguiu, alardeasse como suas, virtudes que são indiscutivelmente frutos da estabilização econômica, promovida pelo Plano Real, que remete a... FHC.
E assim o é por toda a história humana. Os fatos mais relevantes da história, para o bem e para o mal, serão sempre associados a uma pessoa ou entidade. Os que bem ou mal fizeram, bem ou mal serão lembrados. Os que pouco ou nada fizeram, pouco ou nada serão lembrados.
É assim, inclusive, com os dois últimos e mais importantes regimes que governaram o mundo. Pense no capitalismo com todos os seus defeitos, que não são poucos. Quais são suas contribuições para a humanidade?
Nesta resposta você vai encontrar coisas surpreendentes, da caneta esferográfica às cirurgias a laser, além das liberdades democráticas. Uma infinidade de coisas e conquistas. Tudo concebido no seio do capitalismo. Os contrários a essa leitura dos fatos vão dizer: ah! Mas tem as desigualdades sociais, a fome de uns e os excessos de outros, “a zelites”, “essa gente de olhos azuis que provocou a atual crise econômica”, o imperialismo, e tal. É verdade! Então vamos ao seu “ex adverso”, o marxismo, o comunismo. Fora a retórica ardilosa e embotada dessa gente enfadonha, quais são suas contribuições para a humanidade?... Se alguém souber, eu gostaria de ser informado, pois ainda não encontrei nenhuma.
E assim, nesta linha de raciocínio, uma boa pergunta é: qual a contribuição, “nunca antes”, do governo petista para o Brasil e qual será sua marca na história deste país? Qual é a estampa que o governo petista terá na história brasileira? Eu arrisco uma: a versão tupiniquim de “A Revolução dos Bichos” (Animal Farm) de George Orwell.
A alegoria do governo petista precedeu-o em mais de seis décadas. Porcos, com a ajuda de outros animais, assumem o controle administrativo de uma fazenda. Ufanando-se de virtudes, eles se embriagam com a mesma lama do poder que antes combatiam.
Assim é o mundo e a história. Vida longa ao Plano Real! Vida longa à memória de Michael Jackson!
Um lembrete: é possível reescrever a história, mas não do jeito que muitos comunistas e esquerdopatas gostariam, e já tentaram! Hare Baba!
Elton Luiz Valente
terça-feira, 7 de julho de 2009
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