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Enviromental Health Perspectives, volume 114, 279-385, 2006.
Enviromental Health Perspectives, volume 114, 279-385, 2006.
Autor principal: Morando Soffritti, Cesare Maltoni Cancer Research Center, European Ramazzini Foundation of Oncology and Environmental Sciences, Castello di Bentivoglio, Via Saliceto,
3, 40010 Bentivoglio, Bologna, Italy. E-mail: crcfr@ramazzini.it
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Primeira demonstração experimental dos efeitos carcinogênicos multipotenciais do aspartame administrado na alimentação de ratos Sprage-Dawley.
O consumo cada vez maior de adoçantes artificiais vem causando preocupação entre os consumidores desses produtos. Afinal, eles estão cada vez mais presentes nas dietas para controle da obesidade e diabetes, por exemplo, e várias pesquisas vêm tentando demonstrar que esses adoçantes possuem um potencial cancerígeno. Dentre eles, o mais atacado é o aspartame.
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O aspartame, ao ser metabolizado no trato gastrintestinal, libera metanol. Esse composto se transforma no fígado em formaldeído, que é comprovadamente um agente cancerígeno. Entretanto, diversas pesquisas foram realizadas para demonstrar de forma concreta esse efeito nocivo do aspartame, mas nenhuma delas foi estatisticamente significativa.
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Tendo em vista que a maioria dessas pesquisas não seguiu padrões rígidos pré-estabelecidos e tiveram um espaço amostral reduzido, o Centro de Pesquisas em Câncer Cesare Maltoni realizou um mega experimento utilizando centenas de ratos da espécie Sprague-Dawley. Esses animais foram separados e cada grupo recebeu uma dose progressivamente maior, de zero ppm até 100.000 ppm. O experimento durou até que o último roedor tivesse morrido de forma natural, o que difere dos outros experimentos do gênero. Enquanto os animais iam morrendo, foram retirados diversos cortes histológicos de vários órgãos, entre os mais importantes: pelve renal e ureteres, cérebro, nervos periféricos, sangue, medula óssea, epitélio olfatório, entre outros.
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Esses cortes foram analisados e foi constatada a presença de tumores e células cancerígenas dos mais diversos, como schwanomas, linfomas, leucemias, tumores cerebrais, etc. A proporção de câncer nos animais submetidos a doses elevadas de aspartame foi significativamente maior que no grupo controle (zero ppm), principalmente entre as fêmeas. Os resultados deram ênfase às leucemias e linfomas.
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Portanto, pela primeira vez um experimento sobre aspartame que seguiu normas rígidas demonstrou, de forma estatisticamente significativa, que animais submetidos a dietas com esse adoçante durante toda a vida tiveram incidência maior de câncer do que aqueles do grupo controle. Isso refuta a idéia de que esses adoçantes são perigosos para o consumo humano, e devem ser substituídos por outros sem esse potencial nocivo, como a sacarina, que já é amplamente utilizada.
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autor de resumo:
Vinícius Lacerda Ribeiro (Med 85) - aluno de Medicina da UnB
2 comentários:
A última frase deve estar errada. Faltou o NÃO. Assim:
"Isso refuta a idéia de que esses adoçantes NÃO são perigosos para o consumo humano, e devem ser substituídos por outros sem esse potencial nocivo, como a sacarina, que já é amplamente utilizada."
Samuel,
Obrigado. Faltou sim o "NÃO". Amanhã corrijo.
Feliz Natal !
Marcelo
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