Oi pessoal,
Agora vai a resposta do Prof Adriano Pimenta ao HULK.
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Caros Marcelo e demais leitores, confesso que tenho dificuldades em conversar com figurinhas de heróis em quadrinhos e não com um interlocutor de verdade, mas vamos lá...
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1) Se o Estado de Minas (EM) distorceu algum fato, você não demonstrou qual.
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Citei sim, um exemplo com a FAPEMIG, mas pelo jeito o Sr. Hulk não o leu. Outro exemplo está estampado na manchete reportagem que este blog mostra, colocando a prestação de serviços e cursos Latu senso como uma erva daninha na UFMG. Será que os leitores sabem que as IFES têm como um de seus principais pilares a extensão? E o Sr. Hulk, sabe? Porque não são citados inúmeros exemplos de cursos e serviços prestados à comunidade? E o professor pode sim ganhar por isso, pois ele tem a competência e o conhecimento para ser aplicado. Isso SEMPRE foi possível nas IFES.
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Evidentemente abusos devem ser investigados e coibidos, mas mais uma vez (como tem acontecido muito nesse país) toma-se a maioria pela minoria e aqueles que fazem certo (e estes são maioria) são rechaçados pelo que fazem a minoria. Me pergunto, ainda, o quanto as universidades privadas estão interessadas no fim dos cursos de extensão e latu senso fornecido pelas IFES.
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Quer mais? Vejam documento do Ministério Público desmentindo o EM (http://www.ufmg.br/online/arquivos/011510.shtml).
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2) Se o EM não investigou, é porque a FUNDEP não respondeu nem ao jornal, nem a qualquer outro.
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Sem comentários... o EM agora virou MP? Será que as instituições têm que responder perguntas provocativas e distorcidas? Elas devem sim responder aos veículos sérios e que querem fazer uma cobertura imparcial e isenta, não a um veículo que está se prestando a ser uma sucursal de jornal de outro lugar. Querem fazer uma matéria séria? Garanto que tem vários envolvidos que querem, de fato, explicar e colocar uma série de posições que podem ser pertinentes. De novo, não estou defendendo que os podres sejam encobertos, mas que se dê uma cobertura isenta e justa (sabemos que pouquíssimos veículos fazem isso regularmente...)
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3) Se o EM clamou por liberdade de imprensa, é porque foi vítima de um juiz truculento a pedido da UFMG (isso sim é um fato que merecia ser PUNIDO pelo CNJ).
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Vamos ser objetivos... quantas páginas de ofensas, inverdades e distorções o EM publicou? Em quantas páginas a UFMG teve palavra? Alguém comentou que, no direito de resposta, foi levado em consideração que desde janeiro deste ano o Em vêm publicando sistematicamente textos apócrifos e distorcidos? O jornal está adotando uma postura de vítima, que lembra muito o modus operandi de determinados bandidos, ou seja, agem de má fé e se escondem atrás do rótulo de injustiçados...
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4) A UFMG não deveria precisar explicar nada para um jornal se divulgasse o que faz com o dinheiro público, ao invés de esconder de todo mundo.
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Isso! Vamos ser transparentes (qual é o seu nome mesmo?)... quem não deve não teme. Não é assim que dizem? Se há irregularidades, que estas sejam averiguadas (e não inventadas) e eventualmente punidas. Mas, por favor, que sejam punidos apenas os culpados e não um sistema que funciona (e bem) para a maioria. Se há desvios e incorreções, que sejam estes os focos de investigação. Garanto que a maioria dos professores e funcionários da UFMG (inclusive vários da administração) são sérios e querem saber se há desvios.
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5) O EM não atacou a FUNDEP, apenas divulgou o pouco que o TCU divulgou, coisa que é seu dever como jornal.
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6) O TCU não elogiou a FUNDEP, não é esse o seu papel. Isso não é verdade.
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Você é da redação do EM? Porque não foi divulgado que o TCU aprovava sistematicamente as contas não só da UFMG e FUNDEP, mas de vários outras IFES e Fundações de apoio? Por que não é divulgado que os prédios com licitação demoram para ser entregues, com especificações e materiais de quinta categoria e consomem mais dinheiro, tempo e administrativo que as obras tocadas normalmente pela FUNDEP. Com esse sistema, há sistematicamente economia de recursos públicos, rapidez na entrega e as obras são bem feitas. De novo, se há irregularidades, que estas sejam apuradas. Por falar nisso, como andam as licitações de empreiteras? Por que o TCU não fala das obras do Pan, no Rio? É um sistema perfeito e sem desvios?
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7) Se o TCU está pensando em rever sua decisão, isso tem a ver com pressões que está recebendo de gente poderosa, inclusive o governo, que está criando coragem para editar um decreto para permitir a continuidade dos atos irregulares. Não se esqueça que figuras ilustres e poderosas das Fundações de Apoio fizeram contratos irregulares com meia Esplanada.
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Isso mesmo! Da mesma forma como reverteu decisões anteriores ao acórdão, justamente com o acórdão... Ou será que há figuras poderosas (talvez a outra metade da Esplanada) que querem é acabar com as fundações de apoio á pesquisa para que as IFES deixem de ser instituições respeitadas de pesquisa para que sejam apenas sejam curral eleitoral?
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8) Se algo está funcionando bem ou mal na FUNDEP, ninguém sabe, porque a entidade é uma caixa-preta.
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Que se abra, então! Mas que seja feito de forma ao que já funcione continue funcionando. Se você fosse um cientista (e duvido que seja...) saberá o quanto é estimulante e desafiador entender o funcionamento de uma caixa preta. Mas se esta funciona, é melhor entende-la e consertá-la do que jogá-la fora (como querem alguns).
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Por fim, quem deveria falar pela FUNDEP era o seu "dono", o Reitor. Ao invés disso, mineiramente reuniu aliados para uma audiência na Câmara, na qual não havia ninguém com posições opostas à dele. Isso é o jeitinho mineiro típico de lidar com a crise.
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O Sr. conhece Minas Gerais? Caso não conheça, venha nos fazer uma visita e saber que, mineiramente, a gente escuta, escuta, escuta e depois fala. O Sr. sabe que falar com parede e não falar dá na mesma? E tem mais... cadê as pessoas com posições opostas? É o Sr. Hulk (que não se mostra)? Desse jeito não terá ninguém com posições contrárias mesmo... pois são incapazes de se mostrarem e de mostrarem o que está errado. Os srs. notaram que o EM comprou a briga sozinho? Até agora eu ouvi pouquíssimas vocês de oposição à atuação da FUNDEP e da UFMG. Que se levantem, pois...
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Tudo o que li tem cheiro de porco, nariz de porco e cara de porco. Um suíno imenso, de 462 milhões de kilos de dinheiro do povo, que não foi convidado para o festão.
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O Newtão já era... (ainda bem...). O Sr. conhece o UFMG escola? O sr. conhece os serviços do Hospital das Clínicas? O Sr. conhece a creche da UFMG (Unidade Municipal de Educação Infantil Alaíde Lisboa)? Conhece as Residências Universitárias?.Mais uma vez... venha nos fazer uma visita
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Adriano Pimenta
quarta-feira, 1 de abril de 2009
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