sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

domingo, 23 de dezembro de 2007

Metabolismo humano após 3 dias sem comer

Efeito de três dias de jejum - gordura regional e uso de glicose – sobre o músculo e tecido de armazenamento de gordura.
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É comum nos dias atuais escutar um indivíduo dizer “vou parar de comer por alguns dias para perder um pesinho”, ou, uma menina que se convence dizendo “não estou com vontade de comer” por medo de engordar e acaba tornando-se anoréxica. Jejum, jejum, jejum... É uma pena de que a saída sempre foi essa, raramente pensa-se em um bom exercício saudável com idéia de perder a gordura da superfície. Mas será que já pararam para pensar por que o músculo não se sobressai já que a gordura superficial foi queimada?
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Uma resposta possível está na curiosa experiência feita recentemente na Dinamarca pelos pesquisadores: J. Gjedsted, L. C. Gormsen, S. Nielsen, O. Schmitz, C. B. Djurhuus, S. Keiding, H. Ørskov, E. Tønnesen e N. Møller.
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Vários cientistas estudaram e estudam o efeito de restrição de dieta no ser humano. Sabe-se que no jejum, o uso de gordura aumenta consideravelmente em decremento do uso de carboidrato (açúcar e outras fontes de glicose), e, por isso usamos o jejum como fonte para emagrecer. Um mecanismo que acontece no corpo é a resistência à insulina – sim, é a mesma insulina que se escuta no dia-a-dia associando-se a diabete, mas na realidade insulina é um hormônio comum no indivíduo, e ela age na regulação energética quando açúcar (glicose) predomina no nosso corpo ajudando o uso dessa glicose para produzir ou energia ou glicogênio (reserva). Com a resistência à insulina a entrada de glicose na célula diminui e conseqüente uso dela também diminui, assim a célula passa a usar a gordura como energia principal. Tudo isso é no geral em corpo como um todo: no geral a gordura é usada, no geral há resistência de insulina, e, repetindo, no geral o uso de glicose diminui.
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O legal da experiência dos cientistas citada anteriormente é a especificidade, a experiência mediu-se a diferença de alguns pontos do corpo humano na queima de gordura e chegou em um resultado mostrando que de fato há diferença na queima. Mediu-se a taxa de uso de gordura no braço e perna em diferentes porções, músculo e em baixo da pele, assim como o uso de gordura na barriga. Resultado: a gordura usada é a que está nos músculos e em menor quantidade, a de barriga, mas há pouca contribuição da gordura de baixo da pele.
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Enfim, a resposta da indagação do primeiro parágrafo é essa, nosso corpo continua “mole” por causa da gordura superficial não desaparecer tão fácil (minhas condolências), a gordura usada é principalmente a do músculo e assim é que nos emagrecemos com jejum.
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Autor da resenha:
Yuho Matsumoto (06/97923) 3o semestre de Medicina

sábado, 22 de dezembro de 2007

Dieta rica em soja tem ação neuroprotetora ?

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Dieta rica em soja diminui a extensão do infarto depois de oclusão permanente da artéria cerebral média em ratas
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Autor principal: D. A. Schreihofer, Dept. of Physiology, Medical College of Georgia, Augusta, Georgia, USA (E-mail: dschreihofer@mail.mcg.edu).
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Já foi demonstrado que o estrógeno é um potencial agente neuroprotetor em casos de acidentes isquêmicos. Entretanto, comprovou-se também que, em humanos, tratamentos com estrógeno pode aumentar os riscos de um derrame. Tendo isso em vista, muitas mulheres têm procurado formas alternativas de reposição hormonal, dentre elas a mais importante é a dieta rica em soja. A soja possui elementos chamados isoflavonas, na qual muitos deles agem como fitoestrógenos - se ligam aos receptores de estrógeno e mimetizam sua ação no organismo. O objetivo do estudo aqui relatado (publicado em 2005 na prestigiosa revista American Journal of Physiology) foi demonstrar que uma dieta rica em soja possui efeitos parecidos com o estrógeno como neuroprotetor no caso de isquemia cerebral focalizada.
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Para tanto, ratas do tipo Sprague-Dawley foram ovarectomizadas, para evitar os efeitos do estrógeno produzido endogenamente, e separadas em três grupos: (i) um grupo que recebeu dieta sem isoflavonas, (ii) outro que recebeu dieta sem isoflavonas, porem com administração de estradiol e (iii) um terceiro grupo que recebeu dieta rica em soja. Duas semanas depois de começarem essas dietas, os animais foram submetidos a uma oclusão permanente da artéria cerebral média. A redução no fluxo sangüíneo cerebral dos entre os grupos foi equivalente. Após vinte e quatro horas da oclusão foram medidos os déficits neurológicos, os animais foram sacrificados e seus cérebros foram para determinar a extensão do infarto cerebral.
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No grupo que recebeu apenas a dieta sem isoflavonas (grupo controle, IF-P, ver figura abaixo), a oclusão arterial provocou um infarto de 50% da massa cerebral. No grupo que recebeu a dieta rica em soja a extensão do infarte foi de 37% (S-P); no grupo que recebeu apenas estrógeno (tendo dieta livre de isaflavonas - grupo IF-E) a área infartada foi de apenas 26%. Ou seja, tanto no grupo do estradiol quanto no da soja a redução na extensão do infarto foi significativa se comparada com o grupo controle. Com relação aos déficits neurológicos, não houve diferenças relevantes entre os 3 grupos.
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Esses dados obtidos demonstram que apenas duas semanas de dieta rica em soja já são eficientes para evitar maiores danos em caso de acidente vascular cerebral. E isso ocorre sem os efeitos nocivos da reposição hormonal com estrógeno (muito bem conhecidos na literatura médica). Estes resultados - obtidos em ratas - sugerem que a soja seria uma alternativa viável para mulheres que precisam de reposição hormonal, como as que estão na menopausa.
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Ou seja, se você é uma rata, dieta rica em soja é benéfica para seu cérebro.
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Autores da resenha:
Vinícius Lacerda (estudante de Med. da UnB) e Prof. MHL

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

BioBio - turma A - clicar na imagem para ampliar


BioBio - turma B - clicar na imagem para ampliar


Sedentarismo e sua relação com a vida intrauterina



Comportamento sedentário durante a vida pós-natal é determinado pelo ambiente pré-natal (vida intrauterina) e exacerbado por uma dieta hipercalórica durante a vida.
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American Journal of Physiology (Regul Integr Comp Physiol) 285: R271–R273, 2003.
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Autor principal: P. Gluckman, FRS, Liggins Institute, Faculty of Medical and Health Sciences, Univ. of Auckland, Auckland, New Zealand (E-mail: pd.gluckman@auckland.ac.nz)
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Nos últimos anos, diversas pesquisas vêm tentando evidenciar uma correlação entre a vida intra-uterina do feto, por meio da dieta da gestante, e o modo de vida pós-natal dos filhotes. Já foi descoberta uma ligação dessa experiência intra-uterina e doenças cardiovasculares e metabólicas durante a vida. Agora, o objetivo dos cientistas é descobrir como esse ambiente fetal possui conseqüências -a longo prazo- nas patofisiologias endócrina e metabólica durante a vida adulta, também conhecido como programação fetal.
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A desnutrição materna durante a gestação leva a uma prole com problemas de obesidade, hipertensão, consumo exagerado de alimentos, elevadas taxas de insulina e leptina (hormônio relacionado com a saciedade), demonstrando uma clara resistência a esses hormônios, entre outros fatores de risco. O experimento em questão - publicado em 2003 no American Journal of Physiology - visa demonstrar como essa desnutrição materna afeta a locomotividade dos filhotes, ou seja, testar o quão sedentários são os filhotes submetidos a essa formação fetal adversa. Para tanto, fecundou-se um grupo de ratas Virgin Winstar, que foram separadas em dois grupos: um que recebeu alimentação à vontade (AD - ad libitum) e outro que recebeu apenas 30 % da quantidade de alimentos do primeiro grupo (UN – do inglês undernourished).
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Ao nascerem, os filhotes das ratas do grupo UN eram significativamente menores que os filhotes do grupo AD. Quando os filhotes foram desmamados, eles foram separados aleatoriamente em dois grupos (independente da dieta das progenitoras): um que recebeu uma dieta controle e outro que recebeu uma dieta hipercalórica. Nos dias 35, 145 e 420 do experimento, foi medida a atividade locomotora desses animais.
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Durante todas as idades analisadas, o grupo que nasceu de mães subnutridas foi significativamente menos ativo (mais sedentário) dos que o da prole que nasceu de mães com dieta normal, independente da dieta que esses filhotes receberam durante a vida pós-natal. Além disso, os ratos de mães subnutridas se alimentavam mais – ou seja, eram mais gulosos – que os de mães com nutrição normal.
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Esse experimento foi o primeiro a separar claramente os efeitos da vida pré-natal dos da vida pós-natal e demonstrar que o modo de vida pode sim ter uma relação com a vida intrauterina. E ainda mais, essa influência da vida fetal pode ser permanente, visto que esses resultados foram obtidos até em ratos com idade avançada. Isso demonstra uma característica evolutiva importante, visto que o ambiente gestacional reflete as características do meio externo e essa programação fetal pode influenciar no comportamento do animal de maneira positiva para adaptá-lo a essas condições adversas.
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A relevancia desses resultados -obtidos em ratos- em seres humanos é debatida neste artigo de 2003. Será que entre os fatores de risco para a obesidade no adulto (humano), poderia-se incluir a desnutrição da mãe do indivíduo? Como as alterações fisiológico-nutricionais na vida da progenitora seriam trasmitidas -do ponto de vista molecular- para o feto e "fixadas" por toda a vida adulta?
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Leia o artigo completo clicando abaixo:
http://ajpregu.physiology.org/cgi/reprint/285/1/R271
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Autores da resenha:
Vinicius Lacerda (estudante de Medicina da UnB) e Prof. MHL

Aspartame causa cancer ? (artigo de 2006)


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Enviromental Health Perspectives, volume 114, 279-385, 2006.

Autor principal: Morando Soffritti, Cesare Maltoni Cancer Research Center, European Ramazzini Foundation of Oncology and Environmental Sciences, Castello di Bentivoglio, Via Saliceto,
3, 40010 Bentivoglio, Bologna, Italy. E-mail: crcfr@ramazzini.it

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Primeira demonstração experimental dos efeitos carcinogênicos multipotenciais do aspartame administrado na alimentação de ratos Sprage-Dawley
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O consumo cada vez maior de adoçantes artificiais vem causando preocupação entre os consumidores desses produtos. Afinal, eles estão cada vez mais presentes nas dietas para controle da obesidade e diabetes, por exemplo, e várias pesquisas vêm tentando demonstrar que esses adoçantes possuem um potencial cancerígeno. Dentre eles, o mais atacado é o aspartame.
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O aspartame, ao ser metabolizado no trato gastrintestinal, libera metanol. Esse composto se transforma no fígado em formaldeído, que é comprovadamente um agente cancerígeno. Entretanto, diversas pesquisas foram realizadas para demonstrar de forma concreta esse efeito nocivo do aspartame, mas nenhuma delas foi estatisticamente significativa.
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Tendo em vista que a maioria dessas pesquisas não seguiu padrões rígidos pré-estabelecidos e tiveram um espaço amostral reduzido, o Centro de Pesquisas em Câncer Cesare Maltoni realizou um mega experimento utilizando centenas de ratos da espécie Sprague-Dawley. Esses animais foram separados e cada grupo recebeu uma dose progressivamente maior, de zero ppm até 100.000 ppm. O experimento durou até que o último roedor tivesse morrido de forma natural, o que difere dos outros experimentos do gênero. Enquanto os animais iam morrendo, foram retirados diversos cortes histológicos de vários órgãos, entre os mais importantes: pelve renal e ureteres, cérebro, nervos periféricos, sangue, medula óssea, epitélio olfatório, entre outros.
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Esses cortes foram analisados e foi constatada a presença de tumores e células cancerígenas dos mais diversos, como schwanomas, linfomas, leucemias, tumores cerebrais, etc. A proporção de câncer nos animais submetidos a doses elevadas de aspartame foi significativamente maior que no grupo controle (zero ppm), principalmente entre as fêmeas. Os resultados deram ênfase às leucemias e linfomas.
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Portanto, pela primeira vez um experimento sobre aspartame que seguiu normas rígidas demonstrou, de forma estatisticamente significativa, que animais submetidos a dietas com esse adoçante durante toda a vida tiveram incidência maior de câncer do que aqueles do grupo controle. Isso refuta a idéia de que esses adoçantes são perigosos para o consumo humano, e devem ser substituídos por outros sem esse potencial nocivo, como a sacarina, que já é amplamente utilizada.
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autor de resumo:
Vinícius Lacerda Ribeiro (Med 85) - aluno de Medicina da UnB

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Tema: Príons e infecção


Grupo de Príons e infecção (aspectos bioquímicos)
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Alunas: Ana Maria Zanatta Silva, Laíza Campos de Carvalho, e Gabriele Junqueira - todas do curso de Nutrição da UnB

Tema: Galactosemia (aspectos bioquímicos)


Grupo de Galactosemia
(BioBio 2007-2)
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Alunos:
Gustavo Henrique N. Fernandes (Nutrição)
Roberto Carlos Pareja (Medicina)
Daniel Miranda Galvão (Nutrição)

Tema: Vegetarianismo


Grupo de Vegetarianismo (aspectos metabólicos) - BioBio 2007-2
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Alunas: Alessandra Barreto da Silva (camisa branca) e Clarissa J. Sturzbecher. Ambas do curso de Nutrição da UnB.

Tema: Fenilcetonúria (ou PKU)


As meninas do grupo de PKU, todas do curso de Nutrição da UnB. O grupo teve excelente nota (9,6) - parabens !

Tema: Aspartame causa cancer ?


Este é o grupo de Aspartame, com 3 alunos de medicina, semestre 2007-2. O grupo defendeu a hipótese de que aspartame não causa cancer não concentrações normalmente utilizadas pelas pessoas.
Estudos com ratos mostram um cenário deferente, porem utilizaram concentrações de aspartame muito elevadas.

domingo, 9 de dezembro de 2007

Grupo de Radicais Livres (2007-2)


Da esquerda para a direita (apenas os alunos de camiseta preta): Danilo Vilarinho, Rafael, Denis, Natália e Danillo Borges. O monitor-tutor da equipe radicalar está de camiseta azul.
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Mais uma apresentação de alto nível. Parabens ao grupo e ao monitor-tutor !

Extremos da Tolerância Humana (BioBio 2007-2)



Na imagem estão, da esquerda para a direita: Fernando Henrique (hipotermia e hipertermia), Igor (fome), Frederico (estresse), Mariana (grandes altitudes e hipóxia) e Lucas (vivendo e morrendo pelo etanol). O monitor da equipe é o Marcos (Med 85), de camisa preta.

O grupo deu um show de bola na apresentação !