domingo, 21 de setembro de 2008

Coluna Caveira News (1) - continuação de texto

Para ler a 1a parte deste texto clique aqui.
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Abaixo está a continuação do mesmo.
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Os jovens engenheiros mecânicos de hoje são as sementes deste processo moderno de formação. Temos certeza que nossos alunos estão deixando o curso de graduação em engenharia mecânica com a idéia incorporada de que o bom engenheiro é aquele que busca a melhor solução dentre todas aquelas que se apresentem possíveis. Os engenheiros mecânicos começam a ter uma visão mais clara da relevância dos cursos de pós-graduação, do aperfeiçoamento para suas vidas profissionais e da importância do permanente contato com a Universidade. A idéia passada de que a vida prática do engenheiro estaria sempre avançando, enquanto, a formação acadêmica iria perdendo terreno, começa ser vista como um grande erro de interpretação, principalmente, quando se pensa em desenvolvimento Científico e Tecnológico de um País.
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Começa se desmistificar aquela figura típica de engenheiro de país do terceiro mundo. Aquele que convivia com uma visão retrógrada do que se entende por continuidade da formação e do conhecimento. Aquele que nada o estimula, mal se dedica a pensar e se comporta guiado pelo hábito da cópia de tecnologias. Tecnologicamente, um eterno dependente e, ou um exímio consultor de tabelas com background em interpolação linear. Um engenheiro que consulta tabelas demais e usa o cérebro de menos, certamente adquirirá em pouco tempo a preguiça de pensar.
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Buscamos na medida do possível incutir na mente dos nossos alunos que o desenvolvimento e a prática da engenharia, sem a continuidade e a busca de novos conhecimentos científicos e tecnológicos os levarão a superficialidade e a degradação da formação acadêmica. Por outro lado, buscando esta continuidade, nossos engenheiros estarão sempre caminhando ao lado da sabedoria.Acredito que o jovem engenheiro que o departamento de Engenharia Mecânica da UnB vem formando para a sociedade detém um potencial de valor inestimável. A experiência tem nos mostrado que nossos jovens engenheiros são uns dos melhores do País; capazes de desenvolver com brilhantismo atividades não só na área técnica da Engenharia Mecânica, mas também de outras atividades que lhe sejam confiadas e que exijam criatividade, bom senso e tomada de decisões. Essa deve ser sem dúvida uma das respostas mais nobres da Universidade pública para a Sociedade.
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Temos esperança de que estes jovens, futuros empresários e ocupantes de importantes cargos de decisão, dentro deste contexto, consigam aproximar cada vez mais indústrias e empresas da Universidade. Esta parceria é fundamental para o desenvolvimento científico e tecnológico de nosso País. Um maior contato com empresas e industriais nacionais, levaria a um melhor conhecimento dos problemas de interesse industrial nas áreas de concentração dos grupos de pesquisa da universidade com a perspectiva de desenvolvimento bilaterais de cooperação.
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Muitas empresas possuem problemas na área de Engenharia Mecânica, que as privam de obter melhor produtividade e qualidade de seus produtos, o que certamente prejudica sua competitividade. Nestes casos, o papel da universidade seria dar uma assessoria global ao gerenciamento para a implantação de melhorias, procurando desenvolver, de forma integrada com os profissionais da empresa, novas metodologias para solução de problemas específicos, auxiliando na análise e controle de processos.
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abraços fraternos
Prof. Caveira Brasil

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