domingo, 6 de dezembro de 2009

Sol e câncer de pele

O sol é importantíssimo para manter a saúde do corpo – sua participação é necessária para a manutenção da famosa homeostase corporal, o equilíbrio dinâmico que se expressa, em última análise, como a própria saúde biológica. Citando a que talvez seja a mais importante de suas funções, a luz solar é essencial para que haja a formação adequada da forma ativa da vitamina D3 (calcitriol), envolvida na regulação da absorção intestinal de cálcio.

Mas qualquer coisa, se em excesso, faz mal. O mesmo vale para as radiações presentes na luz solar – em dosagens “fisiológicas”, contribuem para a homeostase; em dosagens excessivas, são fonte de alterações importantes na saúde humana.

Com isso em mente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu, em Novembro deste ano, o uso de equipamentos de bronzeamento artificial para fins estéticos. A quantidade de radiações ultra-violetas emitidas por esses equipamentos em sessões de 45 minutos, para se ter uma idéia, são equivalentes á quantidade de radiação recebida durante 8 horas debaixo de sol forte. Toda essa “brutalidade” estética indica um dos caminhos que levou ao grande aumento observado nos casos de câncer de pele ocorridos nos últimos anos.

O câncer de pele foi o tipo de câncer que mais cresceu em número de novos casos na última década, atualmente possuindo o posto de câncer mais comum no país. Duas radiações ultra-violetas presentes nos raios solares – o UVA e o UVB – são responsáveis por grande parte dos efeitos associados á longa exposição á luz solar (especialmente em horários de alto incidência de insolação), sendo que os dois tipos de raios têm características um pouco diferentes. Enquanto o UVA está mais relacionado com a aparência da pele (manchas e aparência envelhecida), o UVB é o tipo de radiação que mais se relaciona com a questão do câncer de pele.
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O UVB, atingindo as camadas mais superficiais da pele, é responsável pela vermelhidão e queimaduras que aparecem após abuso de luz solar, sendo o mais correlato com as alterações celulares que culminam com o aparecimento de um câncer.

O crescimento do número de casos de câncer de pele no Brasil não deixa de ser intrigante e frustrante. Por ter como motivo causador um fator muito simples, a exposição sem proteção á luz solar, a incidência desse tipo de câncer deveria estar caindo. Esse fato fica ainda mais evidente quando se observa que, se eficientemente passado, o filtro solar é uma proteção mais do que necessária.

Um dos problemas, de acordo com um estudo da USP, é que não se passa protetor solar corretamente. Como é passado costumeiramente, acaba-se tendo menos da metade do recomendado por centímetro quadrado de pele (2 miligramas por centímetro quadrado), levando á queda no fator de proteção do protetor utilizado. Devido ás irregularidades da pele, ainda, o uso insuficiente de protetor pode deixar até 50% da superfície corporal desprotegida.

Contudo, o uso correto, embora pareça ser fácil de ser posto em prática, não se revela tão simplório assim: o correto seria se passar o equivalente a uma xícara de café cheia de protetor solar em um adulto médio, 30 minutos antes da exposição ao sol e á água, repetindo a aplicação de duas em duas horas ou após a entrada na água.

Estêvão Cubas R.

Fontes: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/verao-use-protetor-solar-dobro-511929.shtml

http://veja.abril.com.br/noticia/saude/anvisa-proibe-bronzeamento-artificial-511467.shtml

Um comentário:

John disse...

O câncer de pele é uma das doenças mais raras que eu já vi algum tempo em um lugar chamado leia colon cleanse, que a culpa por esta doença existe, mesmo que a contaminação humana